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Apocalipse 11,19a; 12,1-6a.10ab: A Mulher Vestida de Sol

Apocalipse

“Esta explicação do Apocalipse de São João foi gerado com o auxílio de tecnologia de inteligência artificial e foi revisado, editado e verificado por nosso editor humano.”

O texto do Apocalipse de São João para a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora é um dos mais ricos e profundos da liturgia. Embora pareça misterioso, ele revela uma verdade cheia de esperança.

Meus queridos irmãos e irmãs,

A segunda leitura de hoje nos transporta para o mundo visionário e simbólico do Livro do Apocalipse. Às vezes, este livro pode nos assustar com suas imagens de dragões e batalhas. Mas o Apocalipse não foi escrito para nos dar medo, e sim para nos encher de esperança. Ele foi escrito para comunidades perseguidas, para lembrá-las de que, por trás do caos aparente da história, há uma vitória já conquistada: a vitória de Cristo. E hoje, na Festa da Assunção, a Igreja nos mostra que Maria, nossa Mãe, é o sinal mais luminoso dessa vitória.

A leitura começa com uma visão extraordinária: “Abriu-se o Templo de Deus que está no céu e a arca da Aliança foi vista no seu Templo.” Para o povo de Israel, a Arca da Aliança era o objeto mais sagrado que existia. Era o sinal da presença de Deus no meio do povo. Mas a arca histórica se perdeu. E agora, São João a vê no céu! Quem é esta nova e definitiva Arca da Aliança? A Tradição da Igreja não tem dúvida: é Maria. Se a antiga arca de madeira guardava as tábuas da Lei, Maria, em seu ventre, guardou o próprio Autor da Lei, a Palavra de Deus feita carne. Ver a Arca no céu é uma visão profética da Assunção: Maria, a Arca da Nova Aliança, está em seu lugar de honra, no santuário celestial, junto de Deus.

Imediatamente após esta visão, surge o grande sinal: “uma Mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.” Que imagem gloriosa! Esta mulher representa, em primeiro lugar, o Povo de Deus, Israel e a Igreja, que dão Cristo ao mundo. Mas a Igreja vê nela, de modo perfeito e pessoal, a imagem de Maria.

Ela está “vestida de sol”, ou seja, revestida da glória e da graça de Deus. A “lua debaixo dos pés” significa que ela está acima das realidades passageiras e mutáveis deste mundo. A “coroa de doze estrelas” representa as doze tribos de Israel e os doze Apóstolos, fazendo dela a Rainha do Antigo e do Novo Povo de Deus. Esta é a fotografia de Maria Assunta ao céu! É a imagem da Rainha que hoje celebramos.

Mas a visão não é só de glória. Há também um drama cósmico. Diante da Mulher, aparece “um grande Dragão, cor de fogo”. Este Dragão, que o próprio livro identifica como Satanás, representa todo o poder do mal, do pecado e da morte que se opõe ao plano de Deus. O Dragão quer devorar o Filho que a Mulher está para dar à luz. Esta é a imagem da luta espiritual que atravessa toda a história: a luta entre o bem e o mal, entre a graça e o pecado. É a história de Herodes querendo matar o menino Jesus, é a história da Paixão, é a história das perseguições à Igreja.

Mas qual é o resultado desta batalha? A vitória é de Deus! O texto nos diz: “E ela deu à luz um filho… que foi levado para junto de Deus e do seu trono.” Este Filho é Jesus, e sua ida para junto do trono de Deus é a sua Ressurreição e Ascensão. Cristo venceu o Dragão!

E a Mulher? Ela também é vitoriosa. Embora perseguida, ela “fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar”. A Assunção de Maria é a prova definitiva da sua vitória. O Dragão, que é o autor da morte e da corrupção, não teve poder sobre o corpo da Mãe do Senhor. Ela que participou da batalha na terra, agora participa plenamente da vitória de seu Filho no céu.

Por isso, o céu inteiro canta: “Agora realizou-se a salvação, a força e o Reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo!”.

Irmãos, a Assunção de Maria, vista através desta leitura, é um sinal de imensa esperança para nós. Nós somos a Igreja que ainda caminha no deserto deste mundo, que ainda enfrenta as ciladas do Dragão. Mas não estamos sozinhos e não lutamos sem esperança. Olhamos para o céu e vemos a nossa Mãe, a Mulher vestida de sol, já glorificada. Ela é a prova de que a vitória de Cristo é real e se destina também a nós. Ela é a promessa de que o mal não terá a última palavra em nossas vidas.

Que Maria, a Rainha do Céu, a Mulher vitoriosa, interceda por nós em nossas lutas e nos ajude a caminhar com esperança, até o dia em que possamos nos juntar a ela na glória do Reino de seu Filho.

Amém.

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